quinta-feira, 13 de março de 2008

Sobre contos e crônicas

Eu já imaginava que poderia ser questionado ao chamar o texto "Sem compromisso" de conto. A discussão "o que é conto, o que é crônica" vem do início do século passado, não é nova. Até deixei meu amigo-cunhado-confrade João Ali me apresentar suas teorias para o que seja conto e crônica... foi inofensivo.
Faça uma rápida busca na internet e verá a quantidade de definições para isso.
Texto curto, presença de tensão, conflito e imprevistos, a busca pela noção do final desde o início da leitura são elementos característicos de um conto, mas que, separadamente, também podem ser encontradas em certas crônicas.
Mas dois motivos me levaram a classificar este texto como conto e não como uma crônica, se é que ele cabe mesmo em uma dessas caixas. O primeiro é que uma crônica está mais ligada a acontecimentos atuais e do dia-a-dia em que o autor os conta de maneira própria. Esta atualidade este texto não contém. O segundo é, em certa medida, risível. Nas palavras de Mário de Andrade, "conto é tudo aquilo que o autor chamar de conto". Simples, não?

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